quinta-feira, 14 de março de 2013

Para sempre Cazuza

Foto: Gelson Vieira


Ontem, 13, a cidade de Santa Rita de Cássia, Território da Bacia do Rio Grande, realizou em ato público na Câmara de Vereadores uma cerimônia em homenagem póstuma ao escritor José Vicente Oliveira Neto, popular Cazuza. O plenário da câmara estava repleto de populares, fazedores de arte, autoridades, parentes e amigos. 

A cerimonia contou com a realização de culto religioso que destacou que com a morte somos transformados. Morremos na carne e nascemos em espirito que nos eterniza e nos coloca em situação de permanência entre os mortais. O mestre Cazuza ensaiou a vida em espírito a partir de suas obras literárias ao escrever sobre a história dos municípios de Santa Rita de Cássia, Formosa do Rio Preto e Mansidão em seu livro “O Vale de Um Rio Preto de Águas Cristalinas”. Em um outro,  “Caldeirão do Inferno” discorre sobre o coronelismo no Oeste da Bahia e Sul do Piauí. 

A memoria de José Vicente Oliveira foi destacada em seus diversos ofícios: agente de saúde na Fundação Nacional de Saúde / FUNASA – professor de educação física – servidor dos Correios e Telégrafos – vereador – membro do exército brasileiro quando serviu a cavalaria em Salvador.  Na condição de escritor os estudantes chamaram a atenção pelo seu carinho quando este era convidado a participar de atividades que tinham a literatura por objeto. Foram lidas diversas mensagens eletrônicas. Autoridades dos municípios vizinhos se fizeram presentes e destacaram a importância de José Vicente Oliveira para a história e a cultura regional.

A Academia Barreirense de Letras - ABL se fez presente nas pessoas da historiadora Ignez Pitta e do poeta Galdino Alves. Na oportunidade, Galdino Alves, mencionou que Cazuza era confrade na ABL / membro correspondente e atual presidente da Academia de Letras do Oeste da Bahia. O representante da ABL comentou sobre os momentos de confraternização que eram proporcionados pela vida literária e a importância de Cazuza para a academia e a sociedade oestina.

Ao cair da tarde o féretro foi colocado em um carro funerário que transportou o corpo do queridíssimo escritor para a Sementeira de Homens. O cortejo fúnebre contou com muitos filhos e filhas de Santa Rita de Cássia e de outras partes do Território da Bacia do Rio Grande. Enquanto o cortejo se deslocava, um carro de som replicava a música “A Morte do Vaqueiro” de Luiz Gonzaga: 


“Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, ...”

Foto: Gelson Vieira


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