segunda-feira, 1 de abril de 2013

Durval evoca: Minha Cara Mãe Calina!




Neste sábado de aleluia, às vinte horas, o escritor Durval Nunes realizou o lançamento do seu primeiro livro de contos “Minha Cara Mãe Calina” nas dependências do Palácio das Artes no centro de Barreiras. Durval justifica o título de seu livro dizendo que: “(...) ainda jovem estudei no Seminário de São Jorge dos Ilhéus, (...). Ali conclui o curso ginasial. Nossa Itororó distava longos 140 quilômetros (...). Mas havia o Sr. Dominguinhos Dias Lima, que levava madeira uma vez por semana para o porto de Ilhéus, e de suas mãos eu recebia, às quartas-feiras, uma sacola com bolo, ximango, requeijão, farinha de goma e uma amabilíssima carta. Agradecia a Seu Dominguinhos e corria para debaixo das mangueiras, rasgava o envelope e lia a carta, que começava invariavelmente assim: Meu caro filho Durval... e descrevia com detalhes os acontecimentos recentes na família (...). Imediatamente eu escrevia a resposta: Minha Cara Mãe Calina... e relatava em minúcias a vida no internato. No dia seguinte , quando o caminhão buzinava às 6 horas da manhã, eu descia a ladeira correndo para entregar a missiva ao nosso amigo portador. Cresci (um pouco) e cultivei esse estilo epistolar pois os valores da infância não se esquecem tão facilmente.”

A peça literária, em lançamento, é prova de que o convívio familiar contribui para que Durval sempre fizesse memória do seu tempo de criança e olhando para os tempos idos construiu relembranças que hoje estão dispostas na forma de contos escritos e, colocados à nossa disposição em forma de agradecimento à sua família e aos amigos e amigas de Barreiras e região.

Quem pensou que Durval Nunes somente escrevesse poesia e crônicas ficou surpreso ao ouvir, durante o lançamento literário, lindíssimos cantos de sua autoria. E mais, regeu com elegância o coral, composto por membros sua família, que com vozes firmes e claras renderam homenagem ao patriarca Pai Aquino e à Mãe Calina. 

A construção do Minha Cara Mãe Calina aconteceu como em um coral, cada um empresta sua voz para que a mensagem cantada chegue aos ouvidos e aos corações daqueles que apreciam o belo. Neste sentido, Durval agradeceu à sua prima, carinhosamente tratada por ele, com o codinome Bel pela análise e seleção dos textos. À confreira Nadir Xavier pelo estímulo para que ele escrevesse também em prosa. 

A participação dos confrades da Academia Barreirense de Letras – ABL durante o evento foi marcante nas falas de Ignez Pita, Nadir Xavier e do presidente da Academia o Dr. Luís Pamplona, que confirmaram a veia poética de Durval Nunes e sua importante estreia no mundo dos contos e crônicas. Os convivas naquela noite de autógrafos também desfrutaram da arte musical da Banda Nau de Papel sob a coordenação de Martiniano Carvalho.



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