domingo, 28 de abril de 2013

Comunidade Cultural do Velho Chico discute a Universidade Federal do Oeste da Bahia







Neste sábado (27) na cidade de Ibotirama os fazedores de cultura, professores, secretários municipais e representantes do legislativo local se reuniram nas dependências do Ponto de Cultura “Tarrafa Cultural” a partir das 10 horas com o objetivo de discutirem em profundidade a importância da Universidade Federal do Oeste da Bahia / UFOB para a comunidade cultural. os participantes do evento acordaram e encaminharam a constituição de um grupo de trabalho que irá articular os demais municípios do Território do Velho no sentido levantarem as principais demandas setoriais no campo da cultura e de se preparem para a futura audiência pública com a Comissão Especial pró criação da Universidade Federal do Oeste da Bahia/ UFOB. Parabéns a todos e todas que estiveram presentes no Tarrafa Cultural para esta empreitada democrática.

A luta pela criação e implantação de uma Universidade Federal no Oeste da Bahia se desenvolve há alguns anos. Neste sentido, recentemente foram realizadas audiências públicas nas municipalidades de Barra, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Santa Maria da Vitória e Bom Jesus da Lapa sob a coordenação da Comissão de Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Mas, a justificativa do atual relator do projeto de lei 2204/11 que cria a futura universidade para a realização dessas audiências públicas foi o de “ampliar o debate acerca do investimento em ciência e tecnologia e da sua consequente inclusão social” sem nenhuma conexão com a diversidade material e imaterial de milhares de oestinos.

 Na oportunidade em que a audiência pública foi executada na cidade de Barreiras, a Câmara de Cultura do Colegiado do Território da Bacia do Rio Grande se fez presente e um de seus membros ocupou a tribuna que leu e depois entregou uma carta ao Deputado/Relator do projeto de lei que cria a Universidade Federal do Oeste da Bahia/UFOB. Abaixo reproduzimos trecho da reflexão feita pela comunidade cultural à comissão que ora se debruça para criar os alicerces administrativos e pedagógicos da referida universidade.

Diz a carta:

Acreditamos que a riqueza cultural da região do oeste baiano, representada pelos seus patrimônios materiais e imateriais, além de grupos criadores de cultura, constituídos pelas (e constituidores das) diversas identidades que contribuíram e contribuem para a construção do território, justifica a inclusão de cursos voltados para a promoção e preservação dessas identidades e desse patrimônio artístico e cultural. E aqui, vale ressaltar, temos em mente a formação nas áreas de Linguística, Letras e Artes (Artes Plásticas, Música, Dança, Teatro, Cinema, Educação Artística), bem como a ampliação dos cursos da área de Ciências Humanas (Filosofia, Sociologia, Antropologia, Arqueologia, entre outros), os quais irão se somar aos já existentes. Também dialogam com esse perfil, voltado para a formação humana, artística e cultural, os cursos das chamadas Ciências Sociais Aplicadas, entre os quais destacamos Arquitetura e Urbanismo, Comunicação Social, Museologia, Arquivologia, Turismo e Serviço Social.  A formação profissional, o desenvolvimento de pesquisas, a cooperação entre a universidade e a comunidade através de projetos de extensão, seriam algumas das possibilidades de promoção da cultura e do consumo cultural em uma região em que observamos pouco ou nenhum investimento público nesse setor.

E também observa:

Ressaltamos que a publicidade das atividades dessa comissão e o envolvimento da sociedade se faz importante para que, desde a sua criação, seja determinada a identidade e o papel social da nova universidade, e nos preocupa diretamente debater o quanto ela está e estará preocupada com a preservação e promoção da arte, da cultura e da memória do oeste baiano.

Conclui sugerindo:

Por fim, solicitamos a realização de uma audiência com a Comissão Especial, visando discutir e esclarecer os pontos colocados nesta carta. Consideramos esta uma ocasião propícia para essa mobilização, tendo em vista a recente aprovação, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, de seminários regionais sobre o PL 2204/2011, agendados para o mês de abril de 2013 nas cinco cidades que abrigarão os campi da UFOB. Os segmentos culturais e artísticos do chamado “Território UFOB” certamente estarão presentes nesses momentos, manifestando suas prioridades em relação à nova universidade.

Acertado o encontro com a comunidade cultural:

A referida comissão na pessoa do s.r. Luiz Rogério Bastos Leal, Vice – Reitor da Universidade Federal da Bahia / Coordenador da Comissão Especial para Implantação da Universidade Federal do Oeste da Bahia - de pronto concordou com a realização de uma audiência com a Comissão Especial, visando discutir e esclarecer os pontos colocados nesta carta. Para tanto, foi acertado que a citada audiência com a comunidade cultural dos Territórios de Identidade do Velho Chico, da Bacia Rio Corrente e da Bacia do Rio Grande ocorrerá no próximo no mês de maio do corrente ano na cidade de Ibotirama.

Embasados no compromisso assumido pela coordenação Comissão Especial para Implantação da Universidade Federal do Oeste da Bahia / UFOB a Câmara de Cultura do Território da Bacia do Rio Grande agendou com o secretario de Cultura de Ibotirama a realização de uma reunião com a comunidade cultural do Território do Velho Chico. Neste sentido, os participantes do evento acordaram e encaminharam a constituição de um grupo de trabalho que irá articular os demais municípios do Território do Velho no sentido levantarem as principais demandas no campo da cultura e de se preparem para a futura audiência pública com a Comissão Especial pró criação da Universidade Federal do Oeste da Bahia/ UFOB.

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